De acordo com o Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade, cerca de 76,4% dos brasileiros tomam medicamentos sem prévia consulta médica. O que a maioria não sabe, no entanto, é que até mesmo a simples ingestão de uma aspirina não prescrita pode resultar em riscos à saúde. A seguir você confere alguns fatos que mostram o quão prejudicial a automedicação pode se revelar. Veja!
Automedicação: conheça os riscos de tomar medicamento sem prescrição médica
A indevida ingestão de analgésicos pode esconder outras doenças
O analgésico é um dos medicamentos mais utilizados no mundo, e pudera, ele costuma ser extremamente eficiente no alívio instantâneo de dores. Apesar disso é preciso cuidado ao utilizá-lo, pois determinadas dores podem ser apenas um dos sintomas de um problema maior, pelo que, o uso do medicamento pode acabar atrasando o diagnóstico correto da doença.
Se a pessoa tem o hábito de tomar analgésico diariamente para alívio da dor de cabeça, por exemplo, é possível que sua dor não seja decorrente do estresse do trabalho, mas sim de doenças como meningite, pressão alta ou até mesmo tumores. Outro exemplo é no caso de dores estomacais, que é quando o analgésico pode acabar camuflando problemas cardíacos.
Erro na dosagem
Algumas pessoas tendem a aumentar a dosagem do medicamento para potencializar sua eficácia, no entanto, embora a estratégia até possa dar certo em alguns casos, trata-se de uma prática muito perigosa. Isso porque a simples ingestão de um medicamento sem a orientação médica potencializa os riscos de efeitos colaterais.
Vale ressaltar também que o uso prolongado de anti-inflamatório pode resultar em problemas gástricos e até mesmo problemas renais, enquanto o uso inadequado de analgésicos, especialmente com superdosagens, pode acarretar problemas no fígado.
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Uso de antibiótico sem necessidade deixa as bactérias mais resistentes
Apesar de a prática ser proibida, muitas pessoas acabam encontrando um jeitinho de tomar antibiótico sem orientação médica. Essa prática, no entanto, pode fazer com que as bactérias e microrganismos se tornem mais resistentes ao medicamento.
Isso acontece porque o antibiótico não elimina apenas as bactérias malignas, ou seja, ele elimina também as benignas, deixando, no entanto algumas bactérias mais resistentes.
Diante disso, quando ocorre a ausência das bactérias benignas, as malignas podem se proliferar no corpo de forma que o remédio passa a não fazer o mesmo efeito sobre elas, pelo que uma medicação mais forte pode acabar se fazendo necessária.
Misturar medicamentos pode ser perigoso
Praticar a automedicação pode ocasionar uma eventual interação medicamentosa, que se dá no momento que um principio ativo de determinado medicamento interfere na ação de outra droga.
Para entender o que foi dito, imagine que alguns antibióticos podem interferir nos efeitos da pílula anticoncepcional, alterando assim o resultado esperado. Por essa razão não é recomendável misturar medicamentos por conta própria, além do que, é preciso dizer ao médico todos os remédios que já estão sendo ingeridos, para que dessa forma ele prescreva um que seja compatível.
Corticoide
Os corticoides possuem ação anti-inflamatória, por essa razão proporcionam um alívio quase que imediato à dor de garganta e à alergia na pele, podendo ser comprados facilmente em farmácias sem a apresentação de nenhuma receita médica.
Apesar disso, o uso indiscriminado do produto e sem prescrição médica não é de forma alguma recomendável. Isso porque em alguns casos o seu uso pode resultar em infecções graves, catarata, insuficiência renal, diabetes, entre outros problemas.
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