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Funkeiros criam 'funk ostentação' e deixam o funk proibidão de lado

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Muitos funkeiros estão deixando de lado as chamadas músicas proibidonas, que eram letras que quase sempre faziam apologia ao crime, assassinato de policiais, uso de drogas, e sexo, pelo chamado Funk de Ostentação, que tem como principal foco o dinheiro, as mulheres e o uso de marcas caras e famosas. O ritmo foi inspirado diretamente nos rappers norte-americanos.

A mudança pode ser percebida especialmente em determinadas regiões onde o funk proibidão acabou ganhando força antes de ser lançado para o Brasil inteiro. No litoral paulista, por exemplo, muitos grupos do funk proibidão foram lançados e também lançavam suas músicas que geralmente eram distribuídas pela internet.

Hoje em dia, grande parte daquelas pessoas que faziam parte deste movimento até ano passado resolveram trocar para o estilo ostentação, especialmente pela falta de aceitação de grande parcela da população e também pelo medo das represálias, já que desde o ano de 2010 pelo menos cinco cantores identificados com este tipo de música acabaram sendo assassinados.

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Hoje em dia, o litoral paulista também é considerado como um dos responsáveis pela divulgação do chamado Funk Ostentação para outras regiões de São Paulo e do Brasil. Alguns nomes que hoje fazem sucesso, especialmente com os seus vídeos no YouTube, acabaram nascendo na chamada Baixada Santista: MC Lon, MC Gui, MC Bola e Boy dos Charmes, entre outros.

Um dos funkeiros que acabou mudando de lado foi MC KEKE, que na verdade se chama John Kennedy Alves Silva, de 23 anos. Ele morou a vida inteira na favela e disse que há cinco anos atrás a grande maioria das pessoas da comunidade queriam ouvir apenas as letras mais pesadas, por isso que o proibidão acabou fazendo tanto sucesso. Ele chegou a escrever uma letra sobre clonagem de cartão de crédito, onde dizia: “Tá fortemente treinado só para clonar seu cartão. Clonado, porra seu cartão já foi clonado, já sacamos a metade do seu saldo”.

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Hoje em dia ele disse que o proibidão está praticamente morto, e que o Funk Ostentação é o que acabou dando grande visibilidade para ele e também para outros colegas, além de também trazer mais dinheiro. Afinal de contas, com as mudanças nas letras muitos deles são convidados para tocar não apenas nas festas da favela, mas também nas festas onde os jovens de classe média alta frequentam.

Outro funkeiro que conseguiu muito mais sucesso com a mudança no foco das letras foi MC Leo Da Baixada, que tem 21 anos de idade. Ele disse que apenas seguiu o que a moda ditava, o que acabou realmente dando certo, já que hoje ele faz uma média de 45 shows por mês. Amigo de MC Daleste e parceiro de MC Kauan, Leo tem 2,7 milhões de fãs no Facebook e conta que cantava sobre a realidade da favela, mas não teve sucesso.

Confira as marcas mais exaltadas no Funk Ostentação

O estilo que nasceu na cidade de São Paulo acabou se espalhando pelo Brasil especialmente pelas redes sociais. Além das letras que sempre falam de dinheiro e de marcas valiosas, o grande segredo para o sucesso foram os vídeos que começaram a ser produzidos para os artistas lançaram no YouTube.

Com isso muitas marcas conseguem um tipo de publicidade que nem sempre é bem-vinda. Muitas delas já estão trabalhando para tentar se desvincular deste público, alegando que elas acabam sendo menos procuradas pelo seu público de elite que realmente são os que compram os produtos.

Dentre as mais citadas estão: Megane, Camaro, Homet, Red Label, Big Apple, Red Bull, Absolut, Chandon, Christian Audigier, Oakley, Tommy e Lacoste


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