O cenário competitivo do mercado automobilístico brasileiro variou bastante nos últimos anos. E entre os fatores que demonstraram grande influência nesse sentido, há de se destacar o considerável incremento na quantidade de marcas chegando no país em um período em que o volume de vendas propriamente dito sofreu uma dura queda, nos primeiros indícios de recessão, especialmente nos anos de 2015 e 2016.
As marcas, naturalmente, tiveram que buscar alternativas para concorrer em um panorama como esse, e a solução encontrada por algumas foi explorar segmentos – ou lacunas deles – com baixa concorrência, o que levou muitos de seus modelos a reinarem absolutos, conquistando assim uma boa quantidade de vendas para os seus padrões. A seguir você confere alguns dos principais modelos que se enquadram nesse sentido. Veja!
Carros líderes de vendas em segmentos de baixa concorrência
Honda Fit
Esse primeiro modelo teoricamente se encaixaria na categoria hatch, mas, se trata de um monovolume (de acordo com a Fenabrave). Independente da categoria, o fato é que ele se destaca por ser um modelo maior que os compactos tradicionais no mercado brasileiro, tendo mais status e valor agregado.
Não dá para dizer ao certo quem compete com ele em vendas, mas é fato que ele consegue uma boa fatia do mercado. Prova disso é que já registrou mais de 14 mil emplacamentos entre janeiro e julho, e provavelmente só não vendeu mais porque a fábrica da Honda em Sumaré (SP) trabalha em capacidade máxima para produzir as unidades vendidas.
Chevrolet Spin
Esse é outro modelo que não dá para saber ao certo qual seria a melhor categoria para si. Com visual um tanto quanto controverso e perfil incerto, pode-se dizer que essa "minivan", por assim dizer, parece dominar sozinho o seu subsegmento, seja lá qual for ele. Com espaço para até sete pessoas, o modelo já vendeu mais de 13 mil unidades no primeiro semestre.
Fiat Toro
Destaque recente na frota de carros da Fiat, a picape monobloco batizada de Toro também não tem uma subcategoria muito clara. A marca batizou o modelo como uma "SUP", seja lá o que isso signifique. Ela fica entre a Strada e as picapes médias, como Chevrolet S10 e Toyota Hilux, por exemplo.
Segmento à parte, o fato é que o modelo caiu no gosto popular, tendo vendido quase 30 mil unidades só nos primeiros sete meses do ano, superando até mesmo a própria Strada.
A única que poderia acirrar uma concorrência com o modelo teoricamente seria a Duster Oroch, que inclusive veio antes, mas com o perdão do trocadilho, ela não "emplacou" tanto quanto o modelo italiano.
Audi A3 Sedan
Por fim temos aqui um modelo que ganha destaque no segmento que talvez se aproxime mais dos sedãs premium compactos. Com o fato da BMW não trazer opção e a Mercedes-Benz não conseguir driblar os contratempos para apresentar um preço mais atraente em seus importados, a Audi acaba conseguindo um excelente desempenho no mercado com seu A3 Sedan.
Nos sete primeiros meses do ano, foram emplacadas 1,5 mil unidades do modelo, e isso considerando que ele ainda perdeu um pouco de espaço nos últimos anos, o que suspeita-se, tenha sido de certa forma influenciado pelo crescimento dos SUVs premium no mercado.
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